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Sondagens e derrota na Madeira não influenciaram Costa, diz Ferro

01 abr, 2015 • Susana Madureira Martins

O líder parlamentar do PS desvaloriza as sondagens que mostram os socialistas ainda longe da maioria absoluta e sublinha que Costa terá mais tempo para se dedicar estratégia eleitoral.

Sondagens e derrota na Madeira não influenciaram Costa, diz Ferro
Para Ferro Rodrigues não há dúvida: nem o mau resultado eleitoral do PS na Madeira, nem as sondagens que dão os socialistas a não descolar rumo à desejada maioria absoluta nas legislativas estiveram na base da decisão de António Costa de renunciar à presidência da Câmara de Lisboa.

"As sondagens não têm grande significado nesta altura. Nas últimas eleições legislativas, até dez dias antes, estava tudo taco a taco. Há uma campanha, uma pré-campanha, um conjunto de decisões que muitos eleitores tomam nos últimos dias. Portanto, não pense que haja pressão por causa das sondagens, muito pelo contrário", disse esta quarta-feira, aos jornalistas, o líder parlamentar do PS. 

Quanto à renúncia de António Costa à câmara, Ferro garante que a decisão não sofreu qualquer discussão interna e que o primeiro dia de Abril é um óptimo dia para o anúncio: "Só ele podia definir o momento exacto. Não teve que ver com nenhuma questão de natureza de sondagens, de eleições, ou dessas coisas que tenho lido hoje."

Agora, reconhece Ferro, será mais fácil a articulação de Costa com o PS.

"Como não é possível ter o dom da ubiquidade e estar presente em dois sítios ao mesmo tempo, ele agora pode estar mais tempo dedicado ao partido, de norte a sul do país, e a ligação ao grupo parlamentar será maior ainda do que tem sido assegurada por mim e por outras pessoas da direcção, mas agora haverá uma maior presença de António Costa no Parlamento, o que é muito importante para nós".

Ferro Rodrigues diz ainda que agora o secretário-geral poderá dedicar-se a tempo inteiro à estratégia rumo às eleições legislativas que deverão realizar-se daqui a seis meses.