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Jardim candidato a Belém? "Eu ia, mas já sabia que não ganhava"

27 mar, 2015 • Maria João Costa

"Estou numa boa. Escolhi o momento de sair, saio como quero", afirma presidente cessante do governo madeirense. 

Jardim candidato a Belém? "Eu ia, mas já sabia que não ganhava"

O presidente cessante do governo regional da Madeira diz que não mexe nem uma "palha" numa eventual candidatura a Presidente da República, mas também não fecha a porta completamente. "Estou numa boa", afirma Alberto João Jardim.

Depois de uma ausência durante a campanha para as regionais de domingo, Alberto João Jardim surgiu esta sexta-feira para inaugurar um navio atuneiro no porto de pesca do Caniçal.
 
Ao seu melhor estilo, admitiu que se houvesse um grupo de cidadãos que o apoiasse seria candidato, mas reconhece que não ganharia.

"Eu ia, mas já sabia que não ganhava. Mas ia para denunciar o sistema político em que estamos metidos, somos uma partidocracia em vez de uma democracia, em que as condições de eleições não são iguais para todos, os candidatos dos partidos situacionistas têm todo o acesso à televisão, os outros candidatos não têm", lamenta Alberto João Jardim.

O presidente cessante do governo regional da Madeira considera que "o povo português está sujeito a censura" e dá o exemplo do que aconteceu com a proposta de revisão constitucional da Madeira.

"O povo português nem sabe que houve essa iniciativa. Isto está tão bem montado, que desde o CDS ao PC, todos arrumaram a proposta da Madeira e a comunicação social faz censura a isso tudo", sublinhou.
 
Alberto João Jardim, o político português há mais tempo no poder, que explica que agora será um cidadão livre.

"Estou numa boa. Escolhi o momento de sair, saio como quero e ando aqui a pensar no que vou fazer a seguir, mas com uma sensação de, por estar mais livre, estou mais à vontade para defender e para dizer certas coisas", declarou o político social-democrata.