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SMS de António Costa. Líder do PS justifica-se aos militantes e reafirma posições

26 fev, 2015 • Susana Madureira Martins

A Renascença teve acesso à mensagem que o secretário-geral socialista aos militantes.

SMS de António Costa. Líder do PS justifica-se aos militantes e reafirma posições

O secretário-geral socialista, António Costa, justifica-se, por SMS, aos militantes, depois da polémica declaração perante a comunidade chinesa em Portugal.

Depois das explicações ao país, é visível a preocupação de António Costa com o impacto que o assunto teve dentro do partido. Tão visível que sentiu necessidade de dar explicações através de mensagem de telemóvel. O secretário-geral socialista dirigiu-se aos militantes socialistas para sublinhar que fica “perplexo” que pensem que a oposição ao Governo o impede de defender o país.

Acrescentando que, perante investidores estrangeiros, valorizou os factores positivos de Portugal, em vez de centrar-se no aumento da pobreza, do desemprego, da emigração, da estagnação económica, dos cortes de salários e pensões. Justifica o líder socialista que para destruir a confiança já basta o Governo e que não confunde oposição com “bota-abaixismo”.

Na mensagem de telemóvel a milhares de militantes, Costa diz ainda que todos sabem bem o que o secretário-geral pensa do estado do pais e da urgência de mudar de políticas e de Governo. E que por mais que se diga, não altera a dura realidade, que a Comissão Europeia confirma: Portugal mantém desequilíbrios excessivos, que determinam vigilância reforçada; há cortes nos apoios sociais que afectaram mais os mais pobres; e foi o país que sofreu o maior aumento da pobreza.

A mensagem termina com a assinatura do líder socialista não sem antes dizer que a essa dura realidade respondemos com a nossa alternativa.

A mensagem na integra tal como foi enviada
Fico perplexo que pensem que a oposicao ao governo me impede de defender o pais. E que ao dirigir-me a investidores estrangeiros, no exercicio de funcoes institucionais, em vez de valorizar os fatores positivos de Portugal, me centre no aumento da pobreza, do desemprego, da emigracao, da estagnacao economica, dos cortes de salarios e pensoes.
Para destruir a confianca ja basta o governo. Nao confundo oposicao com bota abaixismo.

Todos sabem bem o que penso do estado do pais e da urgencia de mudar de politicas e de governo. Por mais que digam, nao alteram a dura realidade, que a Comissao Europeia confirma: Portugal mantem desequilibrios excessivos, que determinam vigilancia reforcada; Cortes nos apoios sociais afetaram mais os mais pobres; e foi o pais que sofreu maior aumento da pobreza (mais 210.000 pessoas). A essa realidade respondemos com a nossa alternativa.

Antonio Costa