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Adeus 2014. Ano de "sofrimento, cansaço e alguma desesperança"

23 dez, 2014

Vera Jardim considera que o ano que agora termina não deixa saudades à maioria dos portugueses. No programa "Falar Claro" da Renascença o comentador socialista e o social-democrata Nuno Morais Sarmento fazem o balanço de 2014 e olham também para o futuro próximo.

Adeus 2014. Ano de "sofrimento, cansaço e alguma desesperança"
Vera Jardim considera que o ano que agora termina não deixa saudades à maioria dos portugueses. No programa "Falar Claro" da Renascença o comentador socialista e o social-democrata Nuno Morais Sarmento fazem o balanço de 2014 e olham também para o futuro próximo.

O socialista Vera Jardim e o social-democrata Nuno Morais Sarmento fazem, no programa  “Falar Claro” da Renascença, o balanço do ano que está a terminar e perspectivam 2015.

Num olhar para o que foi 2014, Vera Jardim fala num ano de sofrimento, cansaço e de alguma desesperança para os portugueses.

O antigo ministro destaca ainda a ascensão de António Costa à liderança do PS e o fim do programa da “troika”.

Para Vera Jardim, este também será um ano recordado pelos vários casos, em especial a derrocado do BES, mas também a detenção do antigo primeiro-ministro José Sócrates,  que sendo um caso de justiça pode ter alguns efeitos políticos.

O social-democrata Nuno Morais Sarmento releva, no primeiro semestre do ano, a conclusão do programa de assistência da troika, que tinha sido iniciado em 2011.

No que diz respeito ao segundo semestre de 2014, o antigo ministro considera que foi marcado pela Justiça, a começar pelos casos BES e Sócrates.

No mundo da política, os destaques são a eleição de António Costa, a recuperação do Governo no final do ano quando estava com grande cansaço e a “desintegração” do Bloco de Esquerda.
 
Em relação a 2015, Morais Sarmento prevê que as instituições vão continuar sob forte escrutínio e defende que alguma coisa tem que mudar. Os casos na Justiça têm que levar a uma regeneração do sistema de justiça, caso contrário “implode”, adverte o comentador social-democrata.

Para Morais Sarmento, os casos BES e Sócrates são variáveis imprevisíveis internas para o próximo ano. Na frente externa, as variáveis mais preocupantes são a evolução da União Europeia, com a ameaça de saída do Reino Unido e, noutro plano, da Grécia, e a situação da Rússia.

Vera Jardim aguarda com expectativa as eleições legislativas de 2015 e o desenrolar dos vários casos de justiça.