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Duarte Lima condenado a dez anos de prisão

28 nov, 2014

O antigo deputado do PSD foi condenado por burla e branqueamento de capitais.

O antigo líder parlamentar do PSD Duarte Lima foi esta sexta-feira condenado a dez anos de prisão efectiva, no âmbito do processo Homeland, relacionado com obtenção de crédito ao antigo BPN para aquisição de terrenos em Oeiras. 
 
Os juízes do Tribunal Criminal de Lisboa deram como provados os crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais.

Apenas o filho de Duarte Lima, Pedro Lima, foi absolvido, enquanto outros quatro arguidos foram condenados.

O sócio do ex-deputado social-democrata, Vitor Raposo, foi condenado a seis anos de prisão efetiva por um crime de burla qualificada.

João Almeida e Paiva foi condenado a uma pena de quatro anos de prisão efetiva por um crime de burla qualificada e um crime de falsificação de documentos. O tribunal justifica que a pena é efetiva porque não mostrou arrependimento.

Pedro Almeida e Paiva foi condenado a dois anos e seis meses de prisão por um crime de burla qualificada e um de falsificação de documentos, embora a pena possa ser suspensa se pagar 50 mil euros ao Instituto Português de Oncologia.

Francisco Canas, conhecido como "Zé das medalhas", foi condenado a quatro anos de pena efectiva por um crime de branqueamento de capitais.

Duarte Lima, Pedro Lima e Vítor Raposo constituíram o fundo Homeland com o antigo BPN, para a aquisição dos terrenos em Oeiras, em 2007, nas imediações do local onde esteve prevista a sede do Instituto Português de Oncologia (IPO), projecto abandonado mais tarde.

Duarte Lima diz-se vítima de "profundos e clamorosos erros jurídicos"
O antigo líder parlamentar do PSD falou aos jornalistas à saída do tribunal. Duarte Lima anunciou que vai recorrer da sentença, alegando "profundos e clamorosos erros jurídicos".

“Não me estou a vitimizar, estou a falar de factos e de cabeça levantada. É uma decisão brutal e imerecida”, declarou Duarte Lima.

O advogado considera que a decisão do tribunal não espelha "a verdade dos factos" e "o que se passou no julgamento".

[notícia actualizada às 20h10]