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“Diversidade do Bloco não é defeito, é feitio”

22 nov, 2014

João Semedo e Catarina Martins lideram o partido. Pedro Filipe Soares concorre à liderança.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins defende que a questão essencial da IX Convenção é escolher "quem tem capacidade para unir", advertindo contra propostas assentes em "lógicas de exclusão".

"A questão essencial da convenção é escolher quem tem capacidade para incluir, unir, sem terraplanar a diversidade de que somos feitos", declarou Catarina Martins, que integra a direcção cessante, na IX Convenção do BE, que decorre no Pavilhão do Casal Vistoso, Lisboa.

A dirigente começou por sublinhar que existe um "amplo consenso" no Bloco sobre o caminho para "romper com a austeridade".

"Sabem todos que não faremos parte de um governo liderado pelo Partido Socialista submetido ao capital financeiro. Não fazemos parte do pântano, do rotativismo, nascemos para o romper", disse, sublinhando que a escolha na Convenção é sobre a "estratégia para alcançar o objectivo comum".

Catarina Martins defendeu que "o futuro de um Bloco forte estará no avesso de um partido controlado ou em lógicas de exclusão" e frisou que "a diversidade do Bloco não é defeito, é feitio".

Para Catarina Martins, o caminho do BE deve assentar numa "proposta ofensiva" que dê esperança aos portugueses e não em estratégias "defensivas" que disse serem representadas pelos subscritores da Moção E, do líder parlamentar, Pedro Filipe Soares.