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Reposição das subvenções é "imoral", diz vice-presidente do PSD

21 nov, 2014

Carlos Carreiras escolheu o Facebook para manifestar a sua “discordância absoluta” com a proposta aprovada pelos sociais-democratas.

“Um erro colossal e uma péssima decisão”. É assim que o vice-presidente do PSD, Carlos Carreiras, classificou a intenção de repor as subvenções vitalícias, já aprovada pelos socialistas e sociais-democratas.

“As responsabilidades partidárias que tenho não me impedem de ter uma reacção de discordância absoluta sobre esta decisão que considero imoral”, escreveu na sua página pessoal no Facebook.

O autarca de Cascais considera que este é o “pior exemplo” que a classe política pode dar à sociedade, uma vez que “simboliza muito do que tem afastado os portugueses do sistema partidário”.

Carlos Carreiras diz ainda que as subvenções vitalícias custam mais de sete milhões de euros por ano ao Estado. Cada uma vale cerca de 2.300 euros e são pagas a mais de três centenas de antigos titulares de cargos políticos, aponta.

Nem todos os nomes dos beneficiários são conhecidos, mas muitos ainda estão no activo e acumulam a subvenção do Estado com outras reformas, algumas até do Estado, assegura.

Outros, sublinha, surgem como “paladinos da moral publica nos órgãos de comunicação social, de onde recebem como comentadores”.

O PS e o PSD aprovaram esta quinta-feira a alteração à proposta de Orçamento do Estado para 2015 sobre subvenções vitalícias de antigos titulares de cargos políticos.