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PS lamenta insistência de Cavaco em não antecipar as eleições

08 nov, 2014

Vieira da Silva recorda em que 2015 também o Presidente da República estará em final de mandato, o que o deixará “com menos instrumentos para favorecer o país”.

PS lamenta insistência de Cavaco em não antecipar as eleições
O Partido Socialista lamenta que o Presidente da Republica não queira antecipar as Legislativas de 2015.

Em reacção à entrevista que Cavaco Silva deu ao “Expresso” e na qual afirma categoricamente que não irá mexer no calendário eleitoral, o socialista Vieira da Silva lamenta, dizendo que esse não era um desejo apenas do PS.

“Temos uma série de obrigações e responsabilidades no plano orçamental, no plano económico e financeiro, nomeadamente para com a União Europeia, que vão ser mais complexas de executar e cumprir quando estivermos em pleno processo eleitoral na altura em que se deveria estar a discutir o Orçamento do Estado para 2016.”

“Seria vantajoso que o processo pudesse ser iniciado mais cedo, para não haver perturbação no ciclo eleitoral”, considera o socialista.

Vieira da Silva repete os argumentos do PS para pedir a antecipação das legislativas lembrando que até o final de mandato do próprio Cavaco Silva ficará muito dessas eleições. “Mantivemos a data das eleições legislativas, isto é uma situação que só acontece neste ano, teremos uma proximidade excessiva entre a data das legislativas e as presidenciais.”

“Numa altura em que se prevê a necessidade de um trabalho sério, fundo, para que o próximo governo seja sólido, forte e com capacidades de enfrentar os desafios externos e internos teremos um presidente da República em final de mandato, com menos instrumentos para favorecer o país.”

O acto eleitoral continua marcado para uma data a escolher entre 14 de Setembro e 14 de Outubro de 2015.

O chefe de Estado diz que só uma grave crise politica ou alteração da lei eleitoral poderá levar o chefe de estado a antecipar as eleições legislativas.

O presidente da República rejeita o cenário de antecipação de eleições, avisando que o próximo Governo terá de ser maioritário.