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Intercepção de aviões russos "não é um fenómeno muito simpático"

31 out, 2014

Rui Machete acrescenta, no entanto, que “também não vale a pena exagerarmos no seu significado".

Intercepção de aviões russos "não é um fenómeno muito simpático"

O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que a intercepção de aviões russos em espaço aéreo sob jurisdição portuguesa "não é um fenómeno muito simpático" e fez votos que a diplomacia permita resolver com urgência a crise envolvendo Moscovo.

Na quinta-feira, dois caças F-16 portugueses, ao serviço da NATO, interceptaram, identificaram e escoltaram dois aviões militares russos em espaço aéreo internacional sob responsabilidade de Portugal.

Questionado na quinta-feira à noite sobre se estes acontecimentos abalam as relações entre Lisboa e Moscovo, o chefe da diplomacia portuguesa, Rui Machete, respondeu: "Não digo que abalem. Não é um fenómeno muito simpático, mas também não vale a pena exagerarmos no seu significado".

O governante salientou que os aviões russos não foram interceptados "rigorosamente no espaço aéreo português, dentro da soberania portuguesa", mas num "espaço sob a jurisdição portuguesa, que é uma coisa um bocadinho diferente", acrescentando que "não houve uma violação propriamente da soberania portuguesa".

Segundo o ministro Rui Machete, trata-se de "um fenómeno que infelizmente se tem vindo a tornar normal, mas que este ano tem sido mais frequente".

Estas declarações foram feitas à margem da primeira gala Portugal-China, promovida em Lisboa pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa.