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BES. Primeira audição marcada para 17 de Novembro

29 out, 2014

Parlamento vai começar por ouvir figuras ligadas à supervisão e regulação.

As audições na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES) arrancam a 17 de Novembro. A data foi revelada esta quarta-feira pelo presidente da comissão, o social-democrata Fernando Negrão.

O primeiro lote de audições contemplará figuras ligadas à supervisão e regulação, casos do Banco de Portugal (Bdp), a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o actual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-governador do BdP, Vítor Constâncio, e o regulador dos seguros. 
 
Num segundo grupo serão ouvidos a actual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e os dois anteriores titulares da pasta, Vítor Gaspar e Teixeira dos Santos. 
 
Posteriormente vão ser escutados os elementos da troika e posteriormente serão chamados ao parlamento os gestores do BES e GES bem como os elementos da família Espírito Santo. No total, o PSD tem sete deputados efectivos na comissão de inquérito ao BES, incluindo o presidente, Fernando Negrão, o PS tem cinco parlamentares, PCP e CDS dois e o BE um. 
 
A 3 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição. 
 
A partir de hoje há um prazo de 10 dias para requerer a documentação que vai servir de base ao trabalho dos deputados.  
 
"A documentação é muita e muito complexa, mas os dez dias têm de ser cumpridos", alertou Fernando Negrão, reconhecendo que será preciso "tempo" para analisar todas as informações.  
 
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas, enquanto no 'banco bom', o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os activos e passivos considerados não problemáticos.