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Portugal ultrapassou "cenário terrível"

27 out, 2014 • Susana Madureira Martins, nos Açores

Passos Coelho considera que o pior já passou e “estamos hoje todos em melhores condições para responder às necessidades e aos desafios do futuro”.

Portugal ultrapassou "cenário terrível"

O primeiro-ministro garante que o pior da crise já passou e que o "cenário terrível" de bancarrota já faz parte do passado. Pedro Passos Coelho, de visita a Ponta Delgada, nos Açores, disse que ainda há muito a fazer para evitar uma nova crise, mas há boas razões para os portugueses estarem confiantes.

“Só aqueles que não querem ver é que não concluirão que aprendemos muito com a crise - nós também, à nossa maneira - e que progredimos muito na forma como nos preparámos para responder a essas incertezas e a esses riscos”, declarou.

Para o primeiro-ministro, “estamos hoje todos em melhores condições para responder às necessidades e aos desafios do futuro”.

Portugal ultrapassou um "cenário terrível" e está agora mais preparado para responder a qualquer sobressalto que possa surgir pelo caminho, acredita Pedro Passos Coelho.

“Se os cenários mais adversos que viermos a enfrentar representarem uma aproximação deste cenário terrível porque passámos, então, teremos boas razões para achar que as coisas não têm que nos correr pior do que correram até aqui. Mas eu tenho a certeza de que os tempos que vamos enfrentar não têm esta severidade nem estes riscos tão grandes como aqueles porque já passámos”, afirma.

O primeiro-ministro também reagiu ao relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE), que defende o fim da taxa intermédia do IVA, de 13%, e a diminuição da lista de bens a que se aplica a taxa reduzida deste imposto, de 6%. 

Passos Coelho considera que "não tem faltado impulso reformista na área fiscal" ao Governo PSD/CDS-PP, apontando as alterações ao IRS, ao IRC e a chamada "fiscalidade verde", e considerou importante essas reformas terem estabilidade.