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Novo presidente da Comissão Europeia rejeita austeridade excessiva

22 out, 2014

Jean-Claude Juncker discursou durante uma hora no Parlamento Europeu, apresentado o seu programa para os próximos cinco anos.

Novo presidente da Comissão Europeia rejeita austeridade excessiva
O futuro presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse, esta quarta-feira, que estão enganados os que pensam que apenas a austeridade pode levar à retoma económica, defendendo que as regras da disciplina orçamental devem ser acompanhadas de flexibilidade. Juncker quer um "triplo A social" para a União Europeia para acabar com o "desemprego escandaloso que grassa nalguns Estados-membros".

O futuro presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse, esta quarta-feira, que estão enganados os que pensam que apenas a austeridade pode levar à retoma económica, defendendo que as regras da disciplina orçamental devem ser acompanhadas de flexibilidade.

"Àqueles que pensam que excessiva austeridade leva automaticamente à melhoria da economia e à criação de postos de trabalho, devo dizer-lhes que devem abandonar essas ideias. O desaparecimento do défice e da dívida não leva automaticamente ao crescimento, ou a Europa estaria a crescer imenso", afirmou Juncker, na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, onde discursou durante uma hora.

Jean-Claude Juncker apresentou perante os eurodeputados a sua equipa de 27 comissários e o respectivo programa de trabalho, que será votada esta quarta-feira na globalidade pelo Parlamento Europeu, esperando-se que seja aprovada.

 Juncker referiu-se ao debate que a Europa está a fazer sobre o cumprimento das regras orçamentais, tendo afirmado que as regras do pacto de estabilidade e crescimento "devem ser vistas com a flexibilidade necessária" para que a Europa possa avançar "sem pôr em causa o que está nos tratados".

“É preciso disciplina orçamental, flexibilidade e investimento, só aí podemos avançar", acrescentou o luxemburguês, que deverá assumir as funções de presidente da Comissão Europeia a 1 de Novembro.