20 out, 2014
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considera que neste momento “é preciso é pensar no país, não é nas eleições” legislativas.
“As eleições hão-de ocorrer quando ocorrerem”, afirmou o chefe do Governo aos jornalistas, durante uma visita a Famalicão.
Passos Coelho rejeitou a ideia de eleições antecipadas. “Não precisamos de instabilidade política e o país beneficia de poder cumprir com normalidade os seus prazos constitucionais”, defendeu.
De visita uma empresa de vestuário, recusou confirmar ou desmentir a notícia do semanário “Expresso”, segundo a qual terá apanhado o vice-primeiro-ministro Paulo Portas de surpresa com a solução para a sobretaxa de IRS.
O primeiro-ministro disse que têm sido feitos muitos “romances” à volta do Orçamento do Estado para o próximo ano e que não quer contribuir para eles.
Desafio ao PS
O primeiro-ministro desafia o Partido Socialista a dizer o que pensa sobre a divida pública.
Os socialistas entregaram esta segunda-feira, no Parlamento, um projecto de resolução em que pedem um debate alargado sobre a dívida, mas em que não fica claro se o PS defende uma renegociação ou uma reestruturação.
Questionado pelos jornalistas sobre este projecto, Pedro Passos Coelho considerou que o Parlamento é o local adequado para esse debate, mas alertou para o que o país pode perder em termos de credibilidade se os mercados acharem que há perigo de incumprimento. Por isso, desafiou o PS a esclarecer.
“Os partidos podem e devem debater o que quiserem. O que não podem é usar o debate como uma desculpa para não dizerem o que querem e o que defendem. Para os financiadores e para os contribuintes portugueses, tem de ser muito claro o que os partidos querem, sobretudo, os que têm maior responsabilidade e, neste caso, dirijo-me ao PS”, afirmou o primeiro-ministro.