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Costa defende que reduzir deputados é "impulso populista"

18 set, 2014

O candidato às primárias do PS acusa António José Seguro de comprometer a representatividade da esquerda para "arranjar votos".

O candidato às eleições primárias do PS António Costa acusou a direcção do partido de "ceder ao impulso populista" da reforma das leis eleitorais, “simplesmente, para arranjar votos” em vez de apostar no relançamento da economia.

Num jantar com militantes, em Cascais, o actual presidente da Câmara de Lisboa afirmou-se "chocado em verificar que, perante a situação de descalabro social que o país vive" e da falência "do Governo na gestão da economia e das finanças públicas", a direcção do PS tenha decido "ceder ao impulso populista de reformas de leis eleitorais, a um ano de eleições para a Assembleia da República".

António Costa acusou a direcção liderada por António José Seguro de apresentar uma proposta de revisão da lei eleitoral feita à última da hora, em cima das eleições, em vez do que os portugueses esperam do PS: "Relançar a economia e voltar a ter uma estratégia de crescimento e emprego em Portugal".

Além disso, considera Costa, a redução de 230 para 181 deputados seria traduzida num “bónus ao PSD”, uma vez que iria prejudicar a representação dos partidos da esquerda.

“Se tivéssemos 181 deputados, com os resultados das últimas eleições, sem mais um voto que fosse, o PSD seria um partido de maioria absoluta e nem ia sequer depender do CDS para formar coligação. O PCP perderia quase um terço do seu grupo parlamentar e o BE perderia na secretaria mais de metade do seu grupo parlamentar”, sublinhou.

O candidato às eleições primárias do PS, que têm como objectivo escolher o candidato socialista a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas, quer agora levar a inscrição dos simpatizantes até ao voto: “Quanto mais forem os participantes, mais representativa e fiel à vontade popular será a escolha que for feita no dia 28”.


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