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Portas critica Vítor Bento e defende a venda do Novo Banco

14 set, 2014 • Eunice Lourenço

Os bancos devem ser geridos por "profissionais com espírito de missão".

Portas critica Vítor Bento e defende a venda do Novo Banco

É o primeiro membro do Governo a comentar a saída de Vítor Bento do Novo Banco e a assumir que a prioridade é colocar de novo o banco no mercado. No encerramento da Escola de Quadros do CDS, em Peniche, Paulo Portas deixou claro o que pensa sobre o actual momento do caso BES.

“Os bancos gerem-se por profissionais e por gente que tenha espírito de missão e que, em qualquer circunstância, perceba que o interesse nacional é superior a qualquer interesse pessoal. E gente que perceba que o mais importante para a economia portuguesa é devolver aquele banco ao mercado de modo a prejudicar o menos possível a nossa economia e as nossas empresas”, disse Portas.

O líder do CDS assumiu, assim, a estratégia que Governo e Banco de Portugal têm para o Novo Banco e que terá estado na base da saída de Vítor Bento: o presidente do Novo Banco queria reconstruir o banco; o Governo, o Banco de Portugal e o sistema bancário entendem que a prioridade é vendê-lo rapidamente. E deixou implícito que Vítor Bento e a sua equipa não conseguiram colocar o interesse nacional acima de interesses pessoais.

Foi já na parte final do seu discurso de rentrée que Portas se referiu ao caso Bes. Começou por dizer que no CDS sabem distinguir “muito bem” entre bancos e banqueiros. Defendeu que “o princípio da confiança é determinante”, mas também salientou que para o seu partido é muito importante haver “uma supervisão eficiente”.

[notícia actualizada às 15h30]