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António Costa quer dar "estabilidade às políticas"

31 jul, 2014 • Susana Madureira Martins

Candidato às primárias do PS apresentou agenda para a década perante uma plateia de jovens empresários.

António Costa quer dar "estabilidade às políticas"

A falta de estabilidade das políticas é um dos maiores problemas que o país tem de resolver, defendeu esta quarta-feira António Costa, candidato às eleições primárias do PS, num jantar com empresários, em Lisboa.

O presidente da autarquia da capital considera que um dos grandes desafios “é conseguir dar estabilidade às políticas, seja ao quadro fiscal, seja às políticas de infra-estruturas ou de investimento na ciência”.

Sobre os impostos, António Costa diz que é algo que não pode ser alterado todos os anos, “tem de durar uma legislatura, duas legislaturas”.

Para o socialista, o quadro fiscal “tem que ter uma durabilidade certa e previsível”, para  que o Estado saiba qual vai ser o nível de receita e as famílias e as empresas tenham uma previsão do que vai ser o futuro.

Costa propõe agenda de compromissos
O candidato a candidato a primeiro-ministro apresentou uma agenda para a década, que seja “a base dos compromissos que são indispensáveis, que  seja a base para um acordo de concertação social estratégico, mas seja, sobretudo, uma carta de rota que fixe um rumo para o país e que permita mobilizar o conjunto da sociedade portuguesa”.

“Esta não pode ser uma ideia e uma agenda de um partido, mas deve ser o contributo de um partido para uma agenda que deve ser partilhada pelo conjunto da sociedade portuguesa”, defende António Costa.

O socialista prevê que os jovens empresários vão ser os protagonistas desta agenda para a década.

"Em Portugal, pela primeira vez, temos uma geração que superou o maior défice nacional, um défice ancestral, que é o das qualificações. Esse défice constituiu a causa do bloqueamento do país, quer de recursos humanos, quer em termos de capacidade de gestão e de iniciativa. Haver uma nova geração com capacidade para investir, criar e gerir é uma oportunidade decisiva", sustentou o autarca de Lisboa. 

E se o país quiser ser competitivo tem que apostar na formação, na inovação tecnológica e na construção de mercados, conclui António Costa.

Sobre a crise interna do PS, sobre as primárias de 28 de Setembro ou sobre temas da actualidade política, como a decisão do Tribunal Constitucional de não chumbar as normas do Orçamento Rectificativo, nem uma palavra de António Costa.