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António Costa quer "resolver problemas do país" antes da consolidação orçamental

26 jul, 2014

Candidato às primárias no PS quer evitar "um dos erros maiores" deste Governo, que "foi ahar que o princípio e o fim dos problemas em Portugal eram a dívida e o défice".

António Costa considera que para que exista consolidação orçamental sustentada é preciso resolver os problemas estruturais do país, garantindo que a sua agenda para a década o separa do Governo de direita.

O candidato às primárias no PS falava aos jornalistas à entrada para a convenção "Mobilizar Portugal", que decorre, este sábado, em Aveiro, explicando que a agenda para a década que propõe elenca "as condições para resolver os problemas estruturais, sem os quais todos os outros problemas não serão resolvidos" de uma forma sustentada.

Questionado sobre as razões da ausência da consolidação orçamental nos seus planos, Costa respondeu que para que esta exista "de uma forma sustentada" é preciso "resolver os problemas estruturais do país" e que "um dos erros maiores que este Governo cometeu foi achar que o princípio e o fim dos problemas em Portugal eram a dívida e o défice".

"É um erro pensar-se que nós resolveremos os problemas, designadamente da consolidação das finanças públicas, sem termos uma economia sã. E não teremos uma economia sã sem resolvermos os problemas estruturais. E também não se resolve a consolidação das finanças públicas sem critério. E o critério implica visão estratégica", justificoo o também presidente da Câmara de Lisboa.

De acordo com António Costa, é preciso "ir à raiz dos problemas, ao fundo dos problemas, e, para isso, temos que ter uma agenda que ataque esses problemas e por isso é uma agenda para a década".

“Nós temos uma longa trajectória daqui até às legislativas. Temos que ter a agenda para a década, apresentarei dentro de um mês a moção de orientação para as eleições primárias, que servirão de bases ao programa do Governo, e a seguir ao congresso do PS teremos um programa do Governo", acrescentou.

O candidato às eleições primárias garantiu ainda que esta é a agenda que o separa do actual Governo de direita, afirmando-se como "uma alternativa à actual governação do PSD e do CDS".

“É isso que os portugueses nos pedem que sejamos, que nós construamos essa alternativa. É isso que estamos aqui a trabalhar para fazer", disse.