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Genro de Cavaco apoia António Costa para a liderança do PS

07 jul, 2014

"É um político da 'Champions League', não é da distrital", diz o empresário Luís Montez, um dos muitos rostos da cultura presentes numa sessão de apoio a Costa.

Nomes de peso da cultura portuguesa estiveram esta segunda-feira no Mercado da Ribeira, em Lisboa, para apoiar a candidatura de António Costa à chefia do PS. Entre os presentes estava o empresário Luís Montez, genro do Presidente da República.

"Não estou nessa qualidade aqui. Estou aqui como cidadão. Vim aqui dar o meu apoio, porque gosto muito dele [António Costa]. É um cidadão com muito valor, um político da 'Champions League', não é da distrital. É um político com muita capacidade ao nível do melhor que há na Europa. Temos homem para tomar conta disto", defende Montez aos jornalistas.

Montez, um dos donos do Pavilhão Atlântico, não estava sozinho. No Mercado da Ribeira, recentemente requalificado, estavam também a escritora Lídia Jorge, o actor Nicolau Breyner, o encenador João Mota, o pintor Júlio Pomar, o músico Luís Represas e o musicólogo Rui Vieira Nery.

São algumas das 600 personalidades ligadas à cultura que subscreveram uma petição pública de apoio a Costa para líder do PS e candidato a primeiro-ministro. O socialista juntou-os esta segunda-feira numa sessão pública no Mercado da Ribeira.

Costa agradeceu os apoios. E disse que quer esses apoios multiplicados para abrir um "novo ciclo de governação".

"Temos uma caminhada longa até às próximas eleições legislativas, porque, de facto, não está apenas em causa uma escolha no PS, mas também uma escolha no país e preparação de um novo ciclo de governação. Agradeço o vosso apoio, mas eu preciso que multipliquem o vosso apoio por muitos e muitos outros apoios", declarou.

"A cultura precisa de um ministério"
Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Lisboa defendeu a aposta na cultura como factor essencial à saúde do regime democrático, mas também ao processo de desenvolvimento de Portugal.

"A cultura precisa de um ministério, mas precisa de muito mais do que um ministério. Precisa de uma visão. Uma sociedade decente é uma sociedade de valores. Deixámos de ser uma sociedade de valores para sermos uma sociedade de mercado", sustentou, numa das partes mais aplaudidas do seu discurso.