27 mai, 2014 • Eunice Lourenço e Susana Madureira Martins
A direcção socialista já encetou contactos com os presidentes das federações e segundo disse à Renascença um membro do secretariado do PS todas as federações continuam ao lado de António José Seguro, à excepção de Aveiro, Lisboa e Açores.
Num primeiro momento, a reacção dos dirigentes mais próximos de Seguro era de disponibilidade para “ir a jogo”, mas agora o discurso “oficial” da direcção socialista é que se António Costa, que anunciou esta terça-feira que quer avançar para a liderança do PS, quer ir à luta tem de mostrar que tem apoios.
Vários dirigentes próximos de António José Seguro admitem, porém, que não há como fugir ao confronto.
A declaração de António Costa “obriga o PS a ir a eleições internas”, reconheceu mesmo um dirigente socialista à Renascença.
A decisão final acabará por estar nas mãos de Seguro, que no último congresso “blindou” os estatutos.
Um congresso extraordinário só pode ser convocado com o apoio da maioria das federações e que corresponda a uma maioria de militantes. A alternativa é ser aprovado na comissão nacional ou ser convocado pelo secretário-geral.
O mais provável é que a decisão vá a votos na reunião da comissão nacional do próximo sábado, havendo já dirigentes socialistas que admitem a realização de um congresso extraordinário em Setembro.