Miguel Beleza, Teodora Cardozo, José da Silva Lopes, Artur Santos Silva e Rui Vilar, antigos responsáveis do Banco de Portugal, assinaram uma carta conjunta onde defendem a actuação de Vítor Constâncio no caso BPN.
No texto, os cinco ex-responsáveis do Banco de Portugal sublinhando a competência do antigo governador do banco central.
Entre os subscritores está Miguel beleza. O ex-governador do Banco de Portugal sublinha que, do seu ponto de vista, Constâncio fez o que poderia ter feito sobre o caso. “Vi alguns ataques que me pareceram injustificados. E achei adequado dizer que tinha sido um governador que tinha feito o que podia na altura , com a informação que tinha disponível na altura”, afirmou à
Renascença Miguel Beleza.
“Ele fez aquilo que estava ao seu alcance”, sublinhou.
Esta carta aberta surge após uma entrevista do presidente da Comissão Europeia ao “Expresso e SIC, onde Durão Barroso disse que enquanto foi primeiro-ministro – entre 2002 e 2004 - chamou "por três vezes" Vítor Constâncio a São Bento para "saber se aquilo que se dizia do BPN era verdade”.
Na terça-feira, em Atenas, o
actual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse não se lembrar de ter sido chamado por Durão Barroso para "falar exclusivamente" sobre o BPN. Vítor Constâncio admitiu que das várias vezes em que se encontrou com Durão o tema acabou por surgir, mas apenas numa ocasião e sem elementos concretos.
O deputado social-democrata Duarte Marques já entregou um requerimento no Parlamento para que o Banco de Portugal esclareça o que fez para fiscalizar o BPN e se Constâncio foi alertado para o assunto pelo então primeiro-ministro.