Várias pessoas “que saíram do RSI tinham mais de 100 mil euros” no banco
28 mar, 2014
Após esta declaração do vice-primeiro-ministro, as bancadas da oposição irromperam em protesto.
O vice-primeiro-ministro revelou que algumas das pessoas excluídas do rendimento social de inserção (RSI), deixaram de ter direito à prestação porque tinham mais de 100 mil euros na conta bancária.
No parlamento, no fecho da interpelação ao Governo pelo BE, Paulo Portas dirigiu-se ao PS, afirmando que os socialistas "ainda não perceberam que a sociedade portuguesa é muito atenta e exigente nessas e noutras matérias".
"O senhor [deputado socialista Pedro Marques] diz que uma série de pessoas saíram do RSI, esquece-se de dizer que essas pessoas deixaram de ter rendimento mínimo porque, por acaso, tinham mais de 100 mil euros na conta bancária", afirmou Paulo Portas.
Após esta declaração do vice-primeiro-ministro, as bancadas da oposição irromperam em protesto. O socialista Pedro Marques acusou o vice-primeiro-ministro de populismo e quer ter acesso a números concretos.
Paulo Portas ainda disse que "quem precisa da ajuda do Estado continua a tê-la, o que há é uma condição de recursos para verificar se as pessoas além do RSI tinham outros rendimentos que significava, do ponto de vista da equidade, que devia deixar de o ter".
Depois desta intervenção, o deputado socialista Pedro Marques pediu a palavra e disse que Portas vai ter que explicar quantas pessoas ficaram sem RSI porque tinham mais de 100 mil euros no banco.
Paulo Portas contestou ainda que a pobreza entre os idosos tenha subido e voltou a insistir que o aumento das pensões mínimas, sociais e rurais permitiu que tal não tenha acontecido.
O vice-primeiro-ministro atacou ainda os socialistas quando afirmou que o memorando negociado pelo anterior Governo previa a tributação das prestações sociais e das instituições particulares de segurança social e que foi o actual executivo que impediu essa medida.