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Governo desvaloriza apoio internacional ao “Manifesto dos 70”

20 mar, 2014

Texto, que apela à reestruturação da dívida pública, recebeu o apoio de mais de 70 personalidades estrangeiras, na maioria economistas de renome internacional.

O Governo desvalorizou o apoio dado por figuras internacionais ao "Manifesto dos 70" para a reestruturação da dívida, dizendo que a única questão que poderia ter relevo era se algum dos signatários fosse uma entidade credora do país.

"A única questão que pode ter relevo aqui é se alguma dessas entidades é credora. Se não forem credores internacionais, a opinião internacional para uma matéria como esta não parece que seja de muito relevo para o nosso país. Se forem credores com certeza que seria importante", declarou o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, no final da reunião desta quinta-feira do Conselho de Ministros.

O "Manifesto dos 70", que apela à reestruturação da dívida pública, recebeu o apoio de mais de 70 personalidades estrangeiras, na maioria economistas de renome internacional, avançou esta quinta-feira o "Público".

O texto subscrito por 74 personalidades "transpôs a fronteira e já recebeu o apoio de economistas de 20 nacionalidades, dos EUA à Alemanha", escreveu o diário.

O “Manifesto dos 70”, tornado público há cerca de uma semana, é assinado por figuras da política de esquerda e de direita, como os ex-ministros das Finanças Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, por Francisco Louçã, António Saraiva, Carvalho da Silva, Gomes Canotilho, Sampaio da Nóvoa, além de empresários e economistas.