11 mar, 2014
Para o primeiro-ministro, apelar à renegociação da dívida põe em causa o financiamento do país. Para Adriano Moreira, “negociar não é a mesma coisa que declarar que não se cumpre”. “É justamente porque se tem a certeza que se cumpre que se tem autoridade para negociar”, afirmou à Renascença o histórico do CDS-PP, um dos 70 subscritores do manifesto que pede a renegociação “responsável” da dívida portuguesa.
“Ninguém diz que Portugal não cumpra as suas obrigações”, sublinha Adriano Moreira. “Embora tenhamos modificado o acordo ortográfico, não modificámos o sentido das palavras. Negociar não é a mesma coisa que declarar que não se cumpre."
O antigo ministro foi um dos participantes da conferência "Francisco: Um Papa do Fim do Mundo", uma parceria entre a Renascença, a Universidade Católica e a agência Ecclesia, para assinalar o primeiro aniversário do pontificado de Francisco.
“O manifesto está mais de acordo com as intervenções do Papa do que a afirmação de que o caminho que se está a seguir é que é o caminho mais certo”, disse à Renascença.
A proposta do manifesto gerou críticas do Governo, mas também aplausos de outros agentes políticos e sociais.