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Reestruturar dívida teria "resultados tremendos" ou seria "solução"?

11 mar, 2014

Um manifesto assinado por 70 personalidades defende a reestruturação da dívida. O Governo não gostou da ideia, outros aplaudem.

Reestruturar dívida teria "resultados tremendos" ou seria "solução"?

Um manifesto assinado por 70 personalidades de vários quadrantes ideológicos e sociais defende a reestruturação "responsável" da dívida como forma de pôr Portugal a "crescer sustentadamente", "criar emprego" e assegurar um "futuro". O Governo não gostou da ideia, outros aplaudiram.

"Se eu hoje quisesse pôr em causa o financiamento do país, subscreveria o manifesto". Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro

 "[O PS também defende] uma gestão da dívida pública no patamar europeu". António Galamba, secretário-nacional do PS

"Negociar dívida não é a mesma coisa que declarar que não se cumpre". Adriano Moreira, ex-presidente do CDS-PP

"A reestruturação das dívidas tem dado resultados tremendos nos sítios onde tiveram lugar e não quero que Portugal viva conturbações e que tenhamos que ultrapassar dificuldades ainda maior do que aquelas que temos". Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça

"Qualquer opção de reestruturação da dívida seria extremamente prejudicial para o país porque qualquer indicação nesse sentido poderá imediatamente aumentar os custos de financiamento do Estado português no seu regresso pleno aos mercados". Miguel Poiares Maduro, ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional

"Reestruturar a dívida, muitas vezes, é um acto de boa gestão das empresas. Se os bancos estiverem de acordo e eu puder pagar mais devagar e com menos juros…". Francisco Pinto Balsemão, empresário e fundador do PSD

"Um primeiro-ministro que diz que quer conseguir no seu país condições que nunca aconteceram em nenhum país do mundo e que diz que a solução que foi utilizada ao longo da história em tantos países [renegociação da dívida] é irrealista é sim um primeiro-ministro irrealista". Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda

"Não basta constatar que isto não tem saída, é preciso alternativas e a reestruturação da dívida, que pode ter interpretações várias em diversos quadrantes da sociedade portuguesa, é um processo que tem de ser encetado com muita responsabilidade". Carvalho da Silva, ex-secretário-geral da CGTP

[Notícia em actualização]