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Passos diz que Portugal desperdiçou oportunidades criadas pelos fundos europeus

31 jan, 2014

Aplicação do QREN para 2014-2020 foi o tema da intervenção inicial do primeiro-ministro no debate quinzenal na Assembleia da República.

Passos diz que Portugal desperdiçou oportunidades criadas pelos fundos europeus
O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que Portugal desperdiçou oportunidades criadas pelos fundos europeus e afirmou que o Governo pretende investi-los melhor, assegurando que têm retorno para a economia. A aplicação dos fundos europeus para o período 2014-2020 foi o tema da intervenção inicial do primeiro-ministro no debate quinzenal na Assembleia da República, que disse ter havido sobre esta matéria uma colaboração "próxima" do PS com o Governo.

O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que Portugal desperdiçou oportunidades criadas pelos fundos europeus e afirmou que o Governo pretende investi-los melhor, assegurando que têm retorno para a economia, incluindo no caso das infra-estruturas.

A aplicação dos fundos europeus para o período 2014-2020 foi o tema da intervenção inicial do primeiro-ministro no debate quinzenal na Assembleia da República, que disse ter havido sobre esta matéria uma colaboração "próxima" do PS com o Governo.

No seu discurso, Passos Coelho referiu que Portugal é "um dos países que melhor aplicou, do ponto de vista formal" os fundos europeus, e ressalvou que o executivo PSD/CDS-PP quer manter esse "elevado nível de absorção dos fundos".

Contudo, em seguida, assinalou que "Portugal não deixou, no seu conjunto, de ser um país de convergência e, desde que integrou a União Europeia, é mesmo o único país que se mantém, desde o início, como um país de convergência".

Segundo o governante, isso significa que "todo o financiamento que foi colocado à disposição de Portugal para convergir com a média dos seus parceiros europeus não foi bem-sucedido", o que "obriga a tirar conclusões".

Passos Coelho concluiu que Portugal precisa de "investir melhor esse financiamento do que aconteceu no passado" e de "não desperdiçar as oportunidades" que os fundos europeus representam.

Referindo-se ao quadro financeiro da União Europeia 2014-2020, declarou: "Agora teremos de dirigir, no essencial, os meios de que dispomos para a competitividade da nossa economia, para as nossas empresas, de modo a garantir um maior grau de internacionalização da nossa economia, a geração de emprego mais sustentável, e a criação de valor acrescentado para Portugal e para os portugueses".

No que respeita às obras públicas, mencionou que o Governo "recebeu do grupo de trabalho para as infra-estruturas de elevado valor acrescentado um relatório, que é público".

O chefe do Executivo PSD/CDS-PP apontou o próximo quadro de fundos europeus como uma oportunidade única para Portugal se desenvolver "de uma forma mais harmoniosa, de uma forma que garanta melhor a coesão territorial e a coesão social".