Governo Sócrates fica de fora. PS impõe condição para inquérito aos estaleiros
21 jan, 2014 • Ana Rodrigues
Para que um inquérito potestativo avance são necessários 46 assinaturas e deputados, ou seja, é necessário o apoio do PS, que aceita mas impõe condições.
O PS só viabiliza a constituição da comissão de inquérito sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, pedida pelo PCP, se o tempo da governação Sócrates ficar de fora.
O inquérito parlamentar à situação dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo vai deixar de fora questões como o navio Atlântida, recusado pelo Governo Regional dos Açores, a gestão ao longo dos anos das sucessivas administrações da empresa e ainda as contrapartidas relativas aos estaleiros navais pela compra dos submarinos à empresa alemã Man Ferrostal.
Segundo apurou a Renascença, foi esta a condição imposta pelos deputados socialistas ao PCP, para assinarem o pedido potestativo para a criação da comissão de inquérito.
Agora, e segundo o requerimento do grupo parlamentar comunista, o objecto do inquérito será muito mais restrito, já que não contempla os assuntos que dizem respeito à governação de José Sócrates.
Lê-se no documento que o inquérito vai ter a duração de 120 dias e indagar a extinção dos estaleiros navais, despedimentos dos trabalhadores, perda de encomendas importantes e o modo como o governo social-democrata tem gerido junto da Comissão Europeia a questão das ajudas de Estado aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.