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Cavaco apela à diáspora para ajudar à “credibilidade” de Portugal

23 dez, 2013

Chefe de Estado defendeu que o país pode "colher muitas vantagens, contribuindo para criar condições para o investimento do país por parte de investidores estrangeiros" ou mesmo uma maior preferência pela escolha de produtos nacionais.

O Presidente da República apelou aos emigrantes portugueses "em funções de destaque" para ajudarem o país sua "credibilidade" e "imagem", com objectivo de contribuírem para um maior investimento estrangeiro e consequente crescimento económico.

"Portugal tem de ser capaz de aproveitar, de tirar partido, das potencialidades desta nova diáspora, como fazem outros países. Estudámos outros casos, como a Irlanda. Este Conselho (da Diáspora Portuguesa) surgiu como resposta a um repto que lancei, no sentido de mais vozes portugueses se juntarem às vozes de políticos e diplomatas para projectar Portugal no estrangeiro pela positiva e contribuir para corrigir alguma desinformação que existe sobre o nosso país e assim ajudar a melhorar credibilidade do país e difundir as suas potencialidades", disse.

Na cerimónia de fecho do encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, em Cascais, o chefe de Estado defendeu que o país pode "colher muitas vantagens, contribuindo para criar condições para o investimento do país por parte de investidores estrangeiros ou mesmo uma maior predilecção pela escolha de produtos portugueses".

"Daí resulta, talvez, mais exportações, mais visitantes, turistas, mais decisões de investimento no nosso país e isso contribui para o crescimento económico em Portugal e para o aumento do emprego", afirmou, desejando que "este encontro marque uma atitude nova no relacionamento entre o país e a sua diáspora, em particular aqueles portugueses que alcançaram um lugar de destaque nos países onde exercem as suas actividades".

Cavaco Silva pediu ainda para que os emigrantes portugueses, "além da ligação afectiva, tenham agora uma ligação mais empenhada em casos mais concretos para ajudar ao desenvolvimento do país".

Segundo o Presidente da República, depois de um núcleo de 24 fundadores, o CDP conta agora com "52 membros, em 16 países e quatro continentes", adiantando que o objectivo "é mapear 200 portugueses que exercem funções de destaque no estrangeiro".

"Temos aqui um grupo de excelência de portugueses que exercem a sua actividade no estrangeiro, em diversas áreas, na economia, nas empresas, na cultura, na arte na cidadania, que ganharam uma projecção através do seu mérito, da sua experiência, e são altamente considerados. Demonstra bem a evolução que teve a nossa diáspora nas últimas décadas, no reforço da qualificação", disse.