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Passos descontente com o que viu na manifestação dos polícias

22 nov, 2013 • Ricardo Vieira

Primeiro-ministro diz que o que aconteceu "não é um bom indicador da própria autoridade das forças de segurança" e critica Mário Soares.

Passos descontente com o que viu na manifestação dos polícias

O primeiro-ministro condena os incidentes registados durante a manifestação de quinta-feira das forças de segurança, junto à Assembleia da República. "O que aconteceu não devia ter acontecido", declarou Pedro Passos Coelho em Vilamoura, num primeiro comentário à invasão da escadaria do Parlamento protagonizada pelos manifestantes.

O chefe de Governo sustenta que os protestos têm que respeitar as "regras democráticas". "[A manifestação] não deveria ter ficado ensombrada pelo facto de manifestantes que pertencem às forças de segurança terem quebrado as regras" que fazem respeitar quando estão em funções, defendeu o primeiro-ministro.

Passos Coelho considera que a invasão da escadaria do Parlamento "não é um bom indicador da própria autoridade das forças de segurança e isso deve servir para que nós possamos, com as próprias forças de segurança, dar uma consequência àquilo que se passou para que não haja um enfraquecimento das próprias forças de segurança no cumprimento do seu dever".

Na sequência da manifestação, o director nacional da PSP demitiu-se. O primeiro-ministro espera que a substituição de Paulo Valente Gomes sirva para impedir a repetição do que se passou na manifestação em frente ao Parlamento.

À margem de uma cimeira sobre turismo, esta sexta-feira, em Vilamoura, Passos Coelho criticou ainda declarações recentes do antigo Presidente da República. Mário Soares disse que "a violência está à porta".

"Rejeito todos os apelos à violência. Numa sociedade democrática como aquela em que vivemos, não posso subscrever qualquer apelo nesse sentido, muito menos uma indicação de pressão que torne, de certa maneira, mais convidativo um recurso a situações de falta de serenidade ou que convidem à violência", criticou Passos Coelho.