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Líder da UGT apela a um “sobressalto cívico” contra o “medo”

19 nov, 2013 • Susana Madureira Martins

Carlos Silva nem por uma vez falou da concertação social nem proferiu a palavra "consenso", tendo apeladdo ao “combate” ao medo que existe na “sociedade e nas empresas”.

Líder da UGT apela a um “sobressalto cívico” contra o “medo”
A maioria parlamentar, nomeadamente o CDS, bem pode chamar a UGT a jogo e dizer que a central sindical é essencial para que o país cumpra o programa de ajustamento. Sim, a maioria bem pode fazer esse apelo, mas o líder da UGT, Carlos Silva, responde que o que é preciso é um “sobressalto cívico” contra o “medo”.

“E quando há algum tempo ouvimos o nosso antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, dizer que era preciso dar um sobressalto cívico, que era preciso um grito de insubmissão, eu não sei se hoje é o primeiro passo para esse sobressalto cívico. Hoje será um. No próximo dia 21 à noite, com o nosso camarada Mário Soares, será outro grito de insubmissão a este país em defesa da democracia”, garantiu Carlos Silva.

Falando perante dezenas de sindicalistas do PS, o líder da UGT nem por uma vez falou da concertação social, nem proferiu a palavra consenso. Mas falou na palavra medo, no medo que existe na sociedade portuguesa: “Temos que dar este sobressalto. Temos que vir para a rua, para as empresas, para os trabalhadores, delegados sindicais, seja onde estivermos, temos de ter a vontade de não estarmos mudos e quietos. Temos que combater, caros e caras camaradas, o medo que paira na sociedade portuguesa. O medo que há nas empresas.”

Carlos Silva concluiu dizendo que é possível a unidade sindical e que esta reunião é exemplo disso, unindo socialistas da UGT e da CGTP.