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Seguro quer compromisso para definir limite da despesa corrente primária

22 out, 2013

Na sua intervenção, preconizou a tese de que há três caminhos possíveis para Portugal: o da "tragédia", o do "empobrecimento" e o da sustentabilidade. 

O líder do partido socialista defendeu um compromisso de políticas públicas com um limite para a despesa primária. Numa conferência sobre o estado da economia, António José Seguro disse que Portugal não pode regressar ao passado.

"No realismo desta via de sustentabilidade, é preciso que haja consciência que Portugal não pode regressar ao passado, ao passado de há dez anos, 20
ou 30 anos. Todas as opções políticas devem passar pelo crivo da sustentabilidade, seja na saúde, na educação, na segurança social ou nos investimentos", advogou o secretário-geral do PS.

Na sua intervenção, António José Seguro preconizou a tese de que há três caminhos possíveis para Portugal: o da "tragédia", com a saída do país do euro e o incumprimento no pagamento da dívida; o do "empobrecimento", que está a ser levado a cabo pelo actual Governo e que, na sua perspectiva, não permite atingir qualquer meta orçamental; e o da sustentabilidade.

O líder do PS diz que todas as opções políticas devem passar pelo crivo da sustentabilidade quer seja na saúde, na educação ou na segurança social.

"Precisamos de um compromisso entre gerações e entre políticas públicas. Os direitos são fundamentais numa democracia, mas esses direitos têm de corresponder a uma sustentabilidade das políticas públicas. Não podemos pôr de lado o rigor e a disciplina a que deve obedecer a gestão dos dinheiros públicos. Propomos um limite para a despesa corrente primária, porque é fundamental, sobretudo no período de ajustamento", afirmou.

Em contraponto, no âmbito da aplicação dos fundos comunitários, Seguro advogou que Portugal, tal como acontece já com a Itália, não deverá contabilizar
no seu défice a componente nacional destinada ao investimento.