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Ministra das Finanças diz que discussão sobre meta do défice é ruído

13 set, 2013 • Daniel Rosário, na Lituânia

Maria Luís Albuquerque alega que, quando voltou a falar do assunto no Parlamento, ao lado de Paulo Portas, se limitou a reiterar uma posição já assumida.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, defende que a discussão em torno da flexibilização da meta do défice para 2014 não passa de mero ruído.

Em Vilnius (Lituânia), no final de uma reunião com os parceiros da Zona Euro, Maria Luís Albuquerque fez questão de clarificar que, ao lançar o assunto para a praça pública juntamente com Paulo Portas, na Assembleia da República, esta semana, o Governo limitou-se a reiterar uma posição já assumida antes.

“Não há uma negociação em praça pública. Repito: nós não temos qualquer pedido formal nem qualquer negociação em torno das metas do défice. O que há é, verdadeiramente, um grande ruído em torno do assunto. Mais do que qualquer substância efectiva”, garantiu aos jornalistas.

O assunto vai ser discutido no decorrer da missão da “troika”, que arranca na próxima semana, pelo que “é prematuro”, tanto o Governo como os credores internacionais, assumirem posições definitivas, refere a ministra, ou sequer “dizer que vamos fazer esse pedido”.

Maria Luís Albuquerque reconhece que, por outro lado, que a discussão sobre a flexibilização do défice e, sobretudo, a decisão do Tribunal Constitucional colocaram Portugal novamente numa zona de incerteza, “que se reflecte no comportamento das taxas em mercado”.

“O objectivo é concluir com sucesso a oitava e nona avaliações, de forma a resolver esta situação de incerteza e retomarmos o processo de regresso aos mercados, cumprindo todos os objectivos, para podermos concluir o programa em Junho de 2014”, adiantou.

A ministra das Finanças acredita que, apesar de todas as peripécias, Portugal continua a contar com o apoio e a solidariedade dos parceiros europeus.

Hoje de manhã, o presidente do Eurogrupo, Joeren Dijsselblo, afirmou em Vilnius que Portugal tem de recuperar a credibilidade perdida e que deve cumprir as metas acordadas.