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Passos quer um “compromisso para o futuro”

18 jul, 2013

Primeiro-ministro considera necessário aproximar “visões sobre o que é o melhor para país”, lembrando que é preciso olhar “para a realidade e não para desejos”.

Passos quer um “compromisso para o futuro”
O país não pode continuar em "incerteza" durante muito tempo, argumenta Passos Coelho. No discurso de abertura do Conselho Nacional do PSD, o líder do partido social-democrata explicou que o país precisa que PS, PSD e CDS-PP cheguem a um "acordo com conteúdo" que garanta a estabilidade política.
O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira, na reunião na sede nacional do PSD, que está empenhado em chegar a um acordo de “salvação nacional”, tal como pediu o Presidente da República. Passos Coelho diz que é preciso aproximar visões e chegar a um compromisso para o futuro.

“Queremos um compromisso para o futuro, que tenha conteúdo, não se trata de salvar a face a ninguém. Não é para ficar cada um ficar bem no retrato, andamos a procura algo para o futuro”, garantiu o primeiro-ministro aos sociais-democratas.

Passos considera necessário “aproximar as nossas visões sobre o que é o melhor para país”, esclarecendo que não se trata de “de um negócio, nem regateio”, nem tão pouco de uma “questão ideológica”.

“Temos de olhar para a realidade e não para desejos. Quando não se tem dinheiro, vivemos com o que temos. Aqui não há visão ideológica, só realidade”, sublinhou ainda.

Sem nunca falar do teor das negociações tripartidas, Passos Coelho disse “acreditar que a esperança traumática do passado ajudará a chegar a uma solução. Todos estamos interessados nesse resultado, veremos se ele é possível de alcançar”.

Passos deixou também um alerta para o facto de a falta de resultados nesta altura gerar uma incerteza associada a eleições, considerando que “quando, a um ano de distância, se cria incerteza com o que pode resultar de eleições, essa incerteza é antecipada para hoje” e que é preciso “cuidado a lidar com esta matéria”.

Também esta quinta-feira Cavaco Silva mostrou confiança nas negociações e acredita ser possível chegar a um compromisso. PSD, CDS e PS estiveram reunidos hoje pela quinta vez. Os trabalhos foram interrompidos ao final do dia e serão retomados na sexta-feira, às 11h00, na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa.