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Passos aproveita moção de censura para pressionar o PS a assinar acordo com a direita

18 jul, 2013

"O país precisa de um PS que aceite o convite do senhor Presidente da República para lançarmos as bases concretas e realistas do nosso futuro colectivo", diz o chefe de Governo.

Passos aproveita moção de censura para pressionar o PS a assinar acordo com a direita
Chefe de Governo acusa os partidos mais à esquerda de "irresponsabilidade financeira evidente" e disse que esta é a oportunidade para o Partido Socialista se colocar à parte.
Pedro Passos Coelho aproveitou a moção de censura ao Governo proposta pelo partido Os Verdes para desafiar o Partido Socialista a chegar a um acordo de "salvação nacional". O primeiro-ministro acusou os partidos mais à esquerda de "irresponsabilidade financeira evidente" e disse que esta é o momento para o Partido Socialista se colocar à parte.

"Esta é a oportunidade para o PS fazer uma separação de águas. É o momento de o PS mostrar que sabe assumir a responsabilidade de contribuir activamente para a resolução dos problemas nacionais e de ultrapassar as suas hesitações", afirmou Passos Coelho, no Parlamento, durante o debate da moção de censura.. 

"Não reconhecer a importância histórica deste momento seria desiludir o legado do PS como um partido da integração de Portugal na Europa e como um partido com um papel importantíssimo na fundação da nossa democracia", argumentou o chefe de Governo.

"O país precisa de um PS que, como partido que aspira a governar, não acalente a fantasia de uma súbita e perpétua vontade de o Norte da Europa passar a pagar as nossas dívidas provavelmente para sempre. O país precisa de um PS que aceite o convite do senhor Presidente da República para lançarmos as bases concretas e realistas do nosso futuro colectivo", acrescentou.

Criticando os partidos mais à esquerda na oposição, o primeiro-ministro defendeu os resultados das medidas aplicadas pelo seu Governo ao longo dos últimos dois anos, dizendo que quem apela a uma ruptura com os credores faz "uma falsa e sinistra promessa".