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"Estabilidade" assegurada

05 jul, 2013

Vice-presidente do CDS Nuno Melo manifesta "tranquilidade" com o entendimento alcançado entre Passos Coelho e Paulo Portas para a resolução da crise política.

"Estabilidade" assegurada

O primeiro-ministro apresentou esta sexta-feira ao Presidente da República uma proposta que "assegura a estabilidade governativa", afirma o vice-presidente do CDS-PP, Nuno Melo.

"Da minha parte, enquanto vice-presidente do CDS, sublinharia apenas a tranquilidade que sinto por saber que Portugal estará preparado para enfrentar os desafios que terá pela frente", declarou. 

O dirigente centrista falava aos jornalistas à entrada para a sede nacional do partido, onde decorre esta noite o Conselho Nacional democrata-cristão, convocado para deliberar o adiamento do Congresso, que estava marcado para sábado e domingo na Póvoa de Varzim. 
 
Nuno Melo confirmou que as direcções dos dois partidos da coligação governamental, PSD e CDS, se vão reunir este sábado e que no final farão um comunicado ao país.

Fonte social-democrata adiantou à agência Lusa que a reunião terá início às 18h00. 
 
O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, apresentou esta sexta-feira ao Presidente da República "o entendimento político alcançado com o líder do CDS-PP", Paulo Portas.

Paulo Portas pediu a demissão a demissão de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros depois de Vítor Gaspar se ter demitido de ministro de Estado e das Finanças, e ter sido substituído por Maria Luís Albuquerque, alteração na composição do Governo PSD/CDS-PP que foi divulgada na segunda-feira.
 
Numa nota divulgada na terça-feira à tarde, cerca de uma hora antes da posse da nova ministra e dos respectivos secretários de Estado, Paulo Portas anunciou essa decisão, que classificou de "irrevogável", justificando-a com o facto de o primeiro-ministro ter optado pelo que considerou ser um "caminho de mera continuidade no Ministério das Finanças", apesar da sua discordância, que referiu ter "atempadamente" comunicado. 
 
Na terça-feira à noite, Pedro Passos Coelho fez uma declaração ao país em que manifestou surpresa pela decisão de Paulo Portas, defendeu ser "precipitado" aceitar esse pedido de demissão e afirmou que iria manter-se como primeiro-ministro e clarificar as condições de apoio ao Governo de coligação com o CDS-PP.
 
Na quarta-feira, a Comissão Executiva do CDS-PP mandatou o presidente do partido, Paulo Portas, para se reunir com o presidente do PSD e primeiro-ministro com o objectivo de encontrarem "uma solução viável para a governação em Portugal".
 
Pedro Passos Coelho e Paulo Portas têm realizado sucessivos encontros desde quarta-feira, quando o primeiro-ministro regressou de uma reunião em Berlim, na Alemanha. 
 
Na quinta-feira, o primeiro-ministro reuniu-se com o Presidente da República e, no final, afirmou que seria "encontrada uma forma de poder garantir o apoio político do CDS ao Governo e nessa medida garantir a estabilidade política do país", dando a entender que esse processo ainda não estava concluído.