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"Governo não pode brincar com pagamento de subsídios"

18 jun, 2013

Nuno Morais Sarmento adverte que ou o Governo explica bem o adiamento do pagamento "ou cria uma perturbação nacional total".

"Governo não pode brincar com pagamento de subsídios"
O social-democrata Morais Sarmento argumenta que o executivo deixou passar a altura certa para anunciar a decisão de não pagar agora o subsídio de férias aos funcionários públicos e acrescenta que "se o governo não tem cuidado", vai conseguir juntar o país inteiro contra ele. Já o socialista Pedro Silva Pereira defende que a equipa governamental "não tem mesmo uma boa razão" para adiar o pagamento dos subsídios. Declarações ao programa "Falar Claro", da Renascença.

O Governo “não pode brincar com o pagamento de subsídios”, afirma o social-democrata Nuno Morais Sarmento, em declarações ao programa “Falar Claro” da Renascença.

“É dos poucos temas em que, se o Governo não tem cuidado, vai conseguir que o país inteiro se junte, ao contrário dos professores, ou disto ou daquilo. Ou isto é muito bem explicado ou cria uma perturbação nacional total”, adverte o antigo ministro da Presidência.

O socialista Pedro Silva Pereira considera que o não pagamento dos subsídios em Junho é uma “decisão estapafúrdia” e o Governo “não tem uma boa razão” para fazer isto.

Sobre a greve dos professores aos exames desta segunda-feira, Morais Sarmento afirma que “quem perdeu foram os alunos”.

“A greve é justa , mas é injusta naquele dia, porque a greve é marcada quando o calendário de exames está marcado. Os sindicatos poderiam ter encontrado poderia ter encontrado forma de fazer valer os seus interesses sem prejudicar os alunos.”

Para Pedro Silva Pereira, o “dia de exames correu de forma desastrosa”, com “enorme instabilidade” e “as maiores dúvidas sobre as condições em que os alunos foram fazer estes exames”.

O antigo ministro considera que o Governo podia ter alterado a data do exame, para não coincidir com a greve, mas o ministro da Educação Nuno Crato “quis este braço de ferro”.

Um dos temas da semana é a decisão do Governo grego de ordenar o encerramento da televisão e rádio públicas na Grécia. Numa comparação com a realidade portuguesa, Morais Sarmento afirma que o fecho da RTP para abrir depois foi ponderado em 2002 mas, se avançasse, a ideia seria sempre sujeito a um grande debate nacional.