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Passos não promete o “paraíso”, mas garante a recuperação

05 jun, 2013 • Paula Caeiro Varela

"Não tenho medo do resultado das autárquicas, do resultado das europeias. Eu não tenho medo dos portugueses nem do seu julgamento", afirma o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirma que a recuperação da economia vai ser lenta, mas não tem dúvidas de que Portugal vai começar a ver o fim da crise.

“Nós não dizemos que vamos ter o paraíso na Terra. Nós sabemos que a nossa recuperação vai ser lenta, vai exigir muito esforço, muita dedicação de todos nós, mas não tenham dúvidas de que nós vamos ver o fim desta crise e vamos começar a recuperar”, afirmou Pedro Passos Coelho.

O primeiro-ministro falava esta quarta-feira na apresentação da candidatura conjunta do PSD e do CDS à Câmara da Amadora, no dia em que o Governo cumpre dois anos desde que foi eleito.

Para Passos Coelho, a coligação governamental “mostrou que é possível, apesar das diferenças, colocar o interesse nacional à frente de tudo”.

Afirmou que este é um “Governo que não vira a cara às dificuldades, que não anda a travestir os problemas, que adopta uma linguagem franca e que, como há uns anos na Amadora se disse, que deita mãos à obra e não tem medo daquilo que é preciso fazer”.

Neste discurso, o primeiro-ministro reafirmou que não governa em função dos próximos actos eleitorais. “Eu não tenho medo dessas coisas, eu não tenho medo do resultado das autárquicas, eu não tenho medo do resultado das europeias, eu não tenho medo dos portugueses nem do seu julgamento. Nós temos de ser gente que diz o que quer e o que faz”, declarou.

Neste balanço de dois anos de trabalho, Passos Coelho manifestou orgulho pelo trabalho feito: “Eu tenho muito orgulho no trabalho que estou a fazer com uma equipa de gente que pôs o interesse do país à frente dos seus próprios. Não faremos tudo bem, mas faremos tudo o que podemos pelo nosso país”.

O primeiro-ministro entrou e saiu desta iniciativa ao som de assobios e palavras de ordem de manifestantes. Portugal há-de conseguir sair da crise, referiu Passos Coelho, mas também disse que não pode prometer o paraíso na terra. “A Wonderful World” foi apenas uma música que ecoou esta quarta-feira na Amadora.