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Taxa sobre as pensões é só para a "troika" ver?

13 mai, 2013 • Susana Madureira Martins

Depois de Pires de Lima, há mais um democrata-cristão a garantir que a medida nunca será aplicada.

O porta-voz do CDS diz que a nova taxa sobre as pensões fica inscrita no memorando da "troika", mas não é para ser usada. João Almeida afirma que tem a garantia de que o Governo não usará esta espécie de "bomba atómica" que tem ameaçado a própria coligação.

"Perante o facto de essa medida não constar como obrigatória no memorando, o CDS reitera que, havendo um compromisso no conselho de ministros para que esta medida nunca seja aplicada, o CDS exigirá o respeito por esse compromisso", afirma João Almeida.

O porta-voz do CDS sublinha que "o que interessa saber a muitos portugueses é se há alguma alteração naquele que é o compromisso do Governo de não fazer aplicar esta medida", para garantir que "não há nenhuma alteração a esse compromisso e, portanto, o CDS mantém essa exigência de que o compromisso do Governo de não a aplicar seja respeitado".

Para já, o compromisso é válido. Se mais tarde a medida for mesmo aplicada, será que a coligação rompe? João Almeida diz que "não". "Se há um compromisso do Governo para que ela não seja aplicada, o cenário de ela ser aplicada seria contrariar aquela que é uma decisão do conselho de ministros."

Questionado no Parlamento sobre se este compromisso está dependente de cortes alternativos na despesa do Estado, João Almeida é taxativo: "Não. Esse compromisso está dependente única e exclusivamente da vontade do Governo de Portugal".

Mas afinal porque é que esta medida consta do memorando se não é para ser usada? E afinal o CDS recuou ou não em toda esta história? Estas perguntas ficaram sem resposta do porta-voz centrista, que se limitou a um "muito obrigado".