Pires de Lima garante que sobretaxa sobre pensões não vai ser aplicada

O presidente do conselho nacional do CDS garante que o Orçamento do Estado para 2014 não vai incluir uma nova taxa sobre as pensões. Em declarações à Renascença, António Pires de Lima diz ainda que a fronteira imposta pelo CDS não foi nem vai ser ultrapassada - Paulo Portas tinha dito que o partido não podia aceitar esta taxa.

"Só em circunstâncias absolutamente extraordinárias e excepcionais - que eu não estou a antecipar de maneira alguma - é que uma medida destas poderia regressar, o que não vai acontecer", afirma António Pires de Lima.

O presidente do conselho nacional do CDS garante que não houve cedências do partido. O conselho de ministros extraordinário que decorreu este domingo manteve a referência à nova taxa no texto que vai fechar a sétima avaliação da "troika" a Portugal, mas há uma diferença: no documento original, era referido que a taxa era obrigatória; no texto acordado em conselho de ministros, deixa de o ser, porque é aberta a possibilidade de se encontrarem medidas alternativas com o mesmo impacto orçamental

"A fronteira não pode ser ultrapassada, não vai ser ultrapassada e o resultado final daquilo que estou a dizer há-de ser conhecido quando for apresentado o Orçamento do Estado para 2014, porque só nessa altura é que essas medidas teriam de ser - não estarão - incluídas no Orçamento. Não é verdade, por exemplo, que no segundo semestre esta taxa social exista", refere ainda António Pires de Lima.