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Seguro pede maioria absoluta aos portugueses

28 abr, 2013 • Ricardo Vieira

“Chegou a hora da mudança”, mas "o caminho não vai ser fácil" declarou o líder do PS no encerramento do XIX congresso do partido, em Santa Maria da Feira.

Seguro pede maioria absoluta aos portugueses
O secretário-geral PS encerrou o XIX congresso do partido, em Santa Maria da Feira, com um apelo a uma maioria absoluta. António José Seguro promete um novo rumo e não descarta "coligações governamentais", mesmo que consiga uma maioria absoluta.
O secretário-geral do Partido Socialista diz que está na "hora de mudar" e pede uma maioria absoluta aos portugueses. António José Seguro falava este domingo no encerramento do XIX congresso do PS, em Santa Maria da Feira.

“Só através de bons exemplos nós podemos aspirar a merecer a confiança dos portugueses. Propomos um novo rumo para Portugal e pedimos aos portugueses, com clareza, uma maioria absoluta para governar o nosso país”, declarou o líder do maior partido da oposição.

Seguro pede uma maioria absoluta, não para o PS “mas para Portugal, porque “na situação em que estamos não pode haver atrasos, tem que haver condições de estabilidade política legitimadas pelo povo português”.

O secretário-geral socialista propõe um "novo rumo" para o país e assegura que, mesmo com uma maioria absoluta, não descarta "coligações governamentais" nem “acordos ao nível ao nível parlamentar e ao nível da sociedade e, em particular, com os parceiros sociais”.

"Não vendemos ilusões"
No discurso de encerramento do XIX congresso do PS, António José Seguro apresentou propostas para reanimar a economia e apoiar a criação de emprego, defendeu a renegociação do acordo da “troika” e um debate sobre o financiamento da Segurança Social.

O líder socialista quer devolver a esperança aos portugueses e opõe-se aos cortes de quatro mil milhões que o Governo quer fazer no Estado social, no entanto, deixou um aviso: “não vai ser um caminho fácil, não temos uma passadeira vermelha à nossa frente, temos muitos problemas, o país tem muitos obstáculos”.

Seguro promete mudança, mas diz que é preciso ter “os pés assentes na terra”, e o rigor e a contenção orçamental e os sacrifícios “não vão desaparecer do vocabulário do PS”.

“Podemos perder votos, mas não vendemos ilusões”, declarou o líder socialista, que anunciou a realização de uma "convenção para um novo rumo de Portugal", aberta à participação de todos os portugueses que queiram contribuir com ideias e propostas para mudar o país.

Na sua intervenção, Seguro partilhou um caso que lhe foi relatado de alunos de uma escola portuguesa que não podem fazer as provas porque não têm cartão de cidadãos, porque os pais não têm os 13 euros para pagar o cartão. “Isto é inaceitável no nosso país mesmo que só atinja uma criança em Portugal. É Inaceitável”, concluiu.

O líder socialista acrescentou que "há ano e meio olhavam para nós como gente sozinha a pregar no deserto, mas hoje já não é assim" e terminou o seu discurso com uma palavra de esperança: “Quando só um de nós tem um sonho, é apenas um sonho individual, mas quando todos nós temos o mesmo sonho, então aí é o nosso país, é uma nova esperança que estamos a construir”, concluiu.