Remodelação será restrita e ainda está em aberto

A remodelação governamental vai ser restrita, mas ainda não está fechada – é este o ponto de situação, uma semana depois de ser conhecida a demissão do ministro Miguel Relvas.

Ambos os partidos da coligação desejavam uma remodelação profunda, mas fontes governamentais dizem à Renascença que será restrita e que ainda está em aberto, porque, nestes dias, a prioridade do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, tem sido a negociação dos prazos dos empréstimos.

Por isso, uma semana depois, Relvas ainda é ministro. Apresentou a demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, mas ainda não foi exonerado, nem substituído, o que deve acontecer em simultâneo.

Os seus assessores e adjuntos já arrumaram os gabinetes, mas continuam a apresentar-se todos os dias ao serviço no edifício da Presidência do Conselho de Ministros, sem saber muito bem o que fazer. O ministro que ainda não deixou de o ser, já não foi ao Conselho de Ministros de sábado e não irá à reunião desta quinta-feira, mas durante semana ainda foi passando pela Presidência do Conselho.

Os seus secretários de Estado continuam a ter agenda e os Assuntos Parlamentares propriamente ditos continuam a ser tratados pela secretária de Estado Teresa Morais. E hoje até vai a discussão no Parlamento um assunto que passou pelas mãos de Miguel Relvas e que representou um recuo do ministro: o regresso da obrigação de policiamento nos eventos desportivos profissionais.