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Jardim diz que PSD deve “encontrar um novo Governo”

15 mar, 2013

Falando a nível pessoal, Alberto João Jardim considera que conferência de imprensa de Vítor Gaspar "foi uma confissão de falhanço".

Jardim diz que PSD deve “encontrar um novo Governo”

O presidente do Governo regional da Madeira e líder do PSD-M, Alberto João Jardim, diz que o partido "tem que rapidamente encontrar um novo Governo" para Portugal.

"Não vou falar como presidente do Governo da Madeira, porque como presidente do Governo da Madeira tenho que ter um relacionamento institucional com o Governo da República, mas, pessoalmente, o Alberto João Jardim, que ajudou a fazer o PSD e que é dirigente do PSD, entende que, se por um lado seria loucura mergulhar o país em eleições outra vez, por outro lado, neste quadro parlamentar, o PSD tem que rapidamente encontrar um outro Governo, que dê outro tipo de respostas aos portugueses", declarou o líder madeirense, na Calheta, na zona oeste da ilha.

Jardim falou aos jornalistas à margem da inauguração da exposição "Paisagem da Madeira", com trabalhos de Max Romer, e "A Duas Velocidades", no Centro das Artes Casa das Mudas.

O governante madeirense opinou que a mudança governamental não deve passar só pela substituição do ministro das Finanças, frisando: "Tem que ser um novo Governo e o PSD tem que pensar nisso".

Apesar de admitir que não ouviu as conclusões da avaliação da 'troika' ao programa de ajustamento de Portugal, Jardim considerou que "foi uma confissão de falhanço".

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, divulgou os resultados da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) e anunciou que o Governo reviu com a 'troika' as suas projecções macroeconómicas, esperando agora mais do dobro da recessão para este ano e um desemprego a subir até quase aos 19% na parte final do ano.

As metas do défice orçamental deste ano tiveram que ser novamente revistas sete meses depois, com a nova meta do défice para 2013 a ser de 5,5%, superior à meta de 2012.

O Governo reviu também em baixa a sua projecção para a economia portuguesa, prevendo agora que a recessão seja de 2,3% do PIB este ano e não de 1% do
PIB.

Vitor Gaspar reviu ainda em alta a taxa de desemprego para este ano de 16,4% para 18,2%.