25 fev, 2013
A contagem dos votos das eleições legislativas em Itália prossegue e ainda nenhum candidato conseguiu emergir como claro vencedor. Apesar de as sondagens apontarem para uma vitória da coligação de centro-esquerda, liderada por Pier Luigi Bersani, a aliança de direita, encabeçada por Silvio Berlsconi, está a discutir a liderança do Senado.
Pelas 18h25 (hora de Lisboa), uma projecção avançada pela televisão estatal RAI dava 31% a Bersani, seguido de muito perto por Berlusconi, com 30,5%. Destaque ainda para o resultado do movimento "5 Estrelas", liderado pelo comediante Beppe Grillo, que conquista 24,4%, de acordo com esta projecção. O primeiro-ministro cessante, Mario Monti, não vai além dos 9,5%.
Nas eleições italianas contam-se primeiro os votos para o Senado e só depois os boletins para a Câmara dos Deputados.
Sondagens telefónicas avançadas pelas televisões Sky e Rai, após o fecho das urnas, davam uma vantagem entre 5 a 6 pontos percentuais para a coligação de centro-esquerda em relação à aliança de direita, tanto no senado como na câmara baixa, mas as novas projecções vieram baralhar as contas.
Os comentadores italianos afirmam que o país corre o risco de ficar ingovernável com este cenário de impasse e já há quem peça novas eleições.
As eleições legislativas italianas realizaram-se em dois dias, no domingo e esta segunda-feira. Os votos dos eleitores vão eleger os membros do Senado e da Câmara dos Deputados.
A Câmara dos Deputados tem um total de 630 membros, enquanto o Senado é composto por 315 membros eleitos e quatro senadores vitalícios.
As leis têm de ser aprovadas pelas duas Câmaras e ambas podem ter iniciativa legislativa. A excepção é o Orçamento do Estado.
O partido com mais votos será convidado pelo presidente a formar Governo, sendo que o sistema eleitoral italiano é propenso à realização de coligações.
[notícia actualizada às 19h47]