09 fev, 2013 • Domingos Pinto
Um vídeo divulgado nas redes sociais, que mostra duas mulheres a serem agredidas por um grupo de homens e mulheres, está a provocar fortes contestação em Angola.
As duas mulheres foram acusadas de terem furtado uma garrafa de champanhe e um sabonete e foram barbaramente espancadas num armazém, em Luanda.
A Procuradoria-Geral da República de Angola abriu um inquérito e já há reacções das organizações humanitárias.
O Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos em Angola pede ao Governo para estancar a impunidade que reina no país.
Em entrevista à Renascença, David Mendes, membro desta organização angolana, fala de um ambiente de insegurança, que gera medo na população, e aponta o dedo ao Governo.
“O que mais nos marca nesse vídeo é a violência, a forma desumana como são tratadas as pessoas e, acima de tudo, traz ao cimo o grande problema da justiça pelas próprias mãos”, afirma David Mendes.
O activista fala de outros casos idênticos e considera que em Angola há “um circuito de violência institucionalizada, em que cada um usa os poderes que tem e faz justiça por mãos próprias”.