Desconhece-se o paradeiro de 30 estrangeiros na Argélia
18 jan, 2013
Os rebeldes islâmicos, que ocupam campo de gás In Amenas, no sul do país, fazem novas ameaças.
Alguns dos reféns libertados pelo exército argelino, esta quinta-feira, falaram com a televisão e mostraram-se gratos por terem sobrevivido à operação militar numa refinaria da Argélia. Centenas de trabalhadores argelinos e cerca de 40 estrangeiros tinham sido sequestrados na quarta-feira por um grupo terrorista armado, alegadamente em resposta à intervenção francesa no Mali. Haverá ainda cerca de 60 estrangeiros que permanecem às mãos dos rebeldes islâmicos.
As autoridades desconhecem o paradeiro de cerca de 30 cidadãos estrangeiros, que podem ainda estar reféns dos terroristas ou escondidos na exploração de gás, depois da tentativa de resgate do Exército argelino, segundo avança a Reuters.
A central foi tomada na quarta-feira por um grupo islamita que, afirmando agir em resposta à intervenção francesa no Mali, fez reféns vários estrangeiros e centenas de locais.
Os rebeldes islâmicos que ocuparam as instalações de In Amenas, fizeram nesta sexta-feira uma nova ameaça: garantem estar a organizar mais operações de sequestro e que vão atacar outros locais onde existam interesses estrangeiros.
O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, confirmou a morte de "numerosos reféns" numa exploração de gás argelina, sem precisar números ou nacionalidades, enquanto o secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, avisou os terroristas de que não terão esconderijo na região
Já na quinta-feira, o ministro argelino da Comunicação, Mohamed Said, falou num "número importante de reféns libertados e, infelizmente, alguns mortos e feridos".
Um porta-voz dos islamitas, citado pela agência ANI, declarou que a operação do exército argelino fez cerca de 50 mortos, entre os quais 30 reféns e 15 rebeldes.
[Notícia actualizada às 20h10]