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Paulo Portas

Política de colonatos é um "apartheid" que torna inviável a Palestina

19 dez, 2012

Afirmação é proferida no dia em que Israel aprova a construção de mais 2.610 habitações em Jerusalém Oriental.

Política de colonatos é um "apartheid" que torna inviável a Palestina
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros disse em Doha que a política de colonatos israelita é um "apartheid" que torna "inviável" o Estado da Palestina.

"Uma das razões que levou Portugal a votar a favor do estatuto de observador [da Palestina] das Nações Unidas foi favorecer a paz, mas também dar um sinal claro de que certos sectores de Israel, ao continuarem esta política de colonatos, estão a tornar inviável o futuro Estado da Palestina, pela simples razão de que não há continuidade territorial", afirmou Paulo Portas aos jornalistas em Doha, esta quarta-feira onde se encontra no âmbito de uma viagem ao Golfo Pérsico.

"Se não houver dois estados, se não houver Estado da Palestina o que é que sobra? Um Estado e dois povos e a isso chama-se 'apartheid' e isso nós não queremos", disse o ministro, sublinhando que Portugal defende negociações directas entre as duas partes.

O município israelita de Jerusalém aprovou hoje um projecto de construção de 2.610 habitações no bairro de colonização de Givat Hamatos, em Jerusalém Oriental ocupada e posteriormente anexada, indicou uma organização não-governamental à agência France Presse.