Encontro entre Obama e Suu Kyi marca visita histórica

O Presidente norte-americano está em Myanmar, numa histórica visita que, nas suas palavras, marca o "próximo passo" das relações entre os dois países. Falando depois de um encontro privado com a líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, Barack Obama afirmou ter visto sinais encorajadores de progresso no país ao longo do último ano. Sinais que, apontou, incluem a libertação da Prémio Nobel e a sua eleição para o Parlamento. 

O chefe da Casa Branca disse ainda, em declarações citadas pela agência noticiosa Associeted Press, que os laços entre os dois países vão “crescer mais fortes se continuarem os movimentos rumo à democracia”.

Obama, o primeiro Presidente norte-americano a deslocar-se em visita oficial à Birmânia, chegou esta segunda-feira manhã ao país (antiga Birmânia), onde se encontrou também com o seu homólogo, Thein Sein.

Cumpridos os encontros marcados na agenda, o Presidente dos Estados Unidos, que viaja acompanhado pela secretária de Estado, Hillary Clinton, deve proferir um discurso na Universidade de Rangum, durante o qual deve falar sobre democracia e os seus fundamentos.

Segundo as agências internacionais, prevê-se que durante a visita - de apenas algumas horas - Obama anuncie um pacote de ajuda de 170 milhões de dólares norte-americanos (cerca de 133 milhões de euros), o qual deve coincidir com a abertura oficial da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento (USAID), ausente do país durante décadas em resposta aos abusos cometidos pela extinta Junta Militar.

O Presidente norte-americano está de viagem pela Ásia, deslocação que começou no domingo na Tailândia e termina no Camboja, onde deve chegar esta tarde, para participar nas reuniões da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e na cimeira da Ásia Oriental.