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Crise é a principal preocupação dos países do Sul da Europa

06 set, 2012

Estudo revela que a recessão económica é temida por oito em cada 10 inquiridos. Mas nos países do Norte, a maior receio são as doenças.

A maior preocupação dos países do Sul da Europa é a crise económica, enquanto o Norte tem medo sobretudo das doenças, concluiu um estudo da empresa GfK, feito em 16 países, para o canal National Geographic.

A recessão económica é temida por oito em cada 10 inquiridos, sendo a maior preocupação sobretudo nos países mais afectados, como a Espanha (64%), Grécia (57%), Itália (55%) e Portugal (49%). Também em países menos afectados, como o Reino Unido e a França, mais de metade dos inquiridos considerou a crise como o principal problema.

Na Holanda, Polónia, Bulgária e Finlândia, um terço dos inquiridos diz-se preocupado com o tema, mas a percentagem diminui no Norte da Europa e na Turquia. Na Rússia, país que menor medo parece ter da crise económica, menos de um em cada quatro referiu essa preocupação.

Para o Norte da Europa, o maior receio são as doenças, sobretudo em países como a Alemanha, a Finlândia, a Noruega, a Estónia e a Bulgária, mas o tema é uma preocupação de mais de três quartos dos europeus. 

Outros medos dos europeus
Além destes dois, os europeus têm outros grandes medos. É o caso do futuro das gerações, que não deixa dormir 56% dos inquiridos, e das catástrofes naturais, que preocupa 48%.

Quando a empresa Gfk pediu às quatro mil pessoas que fazem parte da amostra para especificarem mais as suas preocupações, 37% disseram que tinham medo do desemprego, enquanto 29% referiram que a economia pode colapsar, 26% temem a possibilidade de os países entrarem em bancarrota e 23% não têm a certeza de conseguir pagar as pensões dos reformados dentro de poucos anos. Enquanto 22% estão preocupados com possíveis ataques terroristas.

Face à eminência de catástrofe natural, os europeus acham que mudariam de hábitos de vida, com metade a dizer que se tornaria agricultor e plantaria os seus próprios alimentos, e outra metade a preferir dedicar-se a comer tudo o que lhes apetecesse. Um em cada quatro garante que deixaria de trabalhar.

A sondagem online, divulgada esta semana, foi feita propósito do lançamento da série documental “Preparados para o fim do mundo”, que vai estrear no canal National Geographic no dia 21.