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Marilyn Monroe morreu há 50 anos mas tem Facebook

05 ago, 2012

Foi um dos maiores símbolos produzidos pela indústria cinematográfica norte-americana. Morreu aos 36 anos, em Los Angeles, após uma vida recheada de polémicas, que envolveu também um Presidente dos Estados Unidos.

Marilyn Monroe morreu há 50 anos mas tem Facebook
Foi a 5 de Agosto de 1962 que a actriz norte-americana Marilyn Monroe foi encontrada morta na sua casa de Los Angeles. A causa oficial da morte é “overdose” de medicamentos, mas a verdade é que, passados 50 anos, o assunto continua a gerar controvérsia e teorias de conspiração.

Há quem fale de eventuais ligações ao Partido Comunista, devido ao seu casamento com o dramaturgo Henry Mille, e há quem ligue a morte da actriz a relações, nunca bem esclarecidas, com o Presidente norte-americano John F. Kennedy e o seu irmão Robert.

Na memória universal ficará para sempre o famoso "Happy Birthday Mr. President", canção que a actriz dedicou a John Kennedy no dia do seu aniversário, em 1962.

Nascida Norma Jean Baker, a 1 de Julho de 1926, em Los Angeles, Marilyn passou a infância em orfanatos. Aos 16 anos, casou-se pela primeira vez e, em 1945, um fotógrafo captou a sua imagem deslumbrante que, em poucos meses, conquistou as revistas e lhe valeu um teste para o cinema.

Em finais de 1946, Norma Jean transformava-se em Marilyn Monroe e adoptava a sua imagem de marca: o loiro platinado. Em menos de duas décadas, fez mais de 30 filmes.

"Os Homens Preferem as Louras" (1953), "O Pecado Mora ao Lado" (1955) e "Quanto Mais Quente Melhor" (1959) são os mais emblemáticos.

Em 2011, o esvoaçante vestido branco que usou no filme "O Pecado Mora ao Lado" foi vendido por 4,6 milhões de dólares (3,7 milhões de euros) em Los Angeles. No mesmo ano, um outro vestido, que usou no 'western' “Rio sem Regresso” (1954), foi adquirido por 516.600 dólares (423 milhões de euros) em Macau.

Depois do divórcio com James Dougherty, a actriz casou-se pela segunda vez com o então famoso ex-jogador de basebol Joe Di Maggio.


Uma imagem que nunca morre
Passadas cinco décadas da sua morte, continua a ter fãs em todo o mundo e os seus objectos pessoais são adquiridos por vários milhões. A actriz tem mesmo uma página no Facebook.

A edição deste ano do Festival de Cannes dedicou o cartaz oficial a Marilyn Monroe, que um dia afirmou: “Se fizer rir uma rapariga, conseguirá que ela faça tudo”.

Na Polónia, em Varsóvia, uma exposição mostra cerca de quatro mil fotografias da actriz norte-americana, algumas inéditas. As imagens, da autoria do fotógrafo amigo Milton Green, vão depois ser leiloadas. Pode vê-las até 6 de Setembro. Pertencem agora ao Tesouro do Estado polaco.


Ficheiros secretos
Há pouco tempo, a agência norte-americana Associated Press (AP), por ocasião do 50º aniversário da morte da actriz, e ao abrigo da lei da liberdade de informação, contactou o Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal norte-americana, para ter acesso a todos os ficheiros relacionados com Marilyn Monroe.

Nove meses depois, e após vários pedidos e apelos, a AP relatou que os ficheiros originais relacionados com Monroe já não estão na posse do FBI. E avançou que o Arquivo Nacional (destino normal deste tipo de documentos) também não está na posse dos ficheiros.

Uma versão mais recente dos ficheiros, alvo de uma profunda revisão, está disponível no site do FBI, numa área intitulada “The Vault”, onde a organização publica regularmente documentos relacionados com casos emblemáticos.

Os primeiros ficheiros relacionados com Monroe remontam a 1955 e a maioria está focada nas viagens e nos relacionamentos da actriz, incluindo o casamento com o dramaturgo Arthur Miller, procurando sinais de uma eventual ligação a ideais comunistas.

Os ficheiros continuam até alguns meses antes da morte da estrela norte-americana.