17 mai, 2012
Se Carlos Gomes Júnior, o primeiro-ministro, e o Presidente interino, Raimundo Pereira, regressarem à Guiné-Bissau pelo menos metade da população estará de braços abertos para os receber. A convicção é do director da Rádio Sol-Mansi em Bissau.
Para o padre David Sciocco, este regresso do primeiro-ministro e do Presidente da República interino terá de ser feito em segurança.
“Uma boa parte do povo vai acolhê-los, mas é preciso ver as condições de segurança para um eventual regresso. Para muitas pessoas são ainda o Presidente e o primeiro-ministro e não estão esquecidos”, disse.
O novo primeiro-ministro guineense foi escolhido horas depois dos partidos com representação parlamentar terem assinado um “Pacto de transição Politica” que prevê a realização de eleições legislativas e presidenciais no prazo máximo de um ano.
Para o padre David Sciocco, o povo guineense está a viver um momento de “grande indecisão”. “Uma parte está de acordo com a formação do novo Governo e tem outra parte que não está de acordo. É difícil medir porque o comando militar continua a proibir as manifestações”, acrescenta.
De recordar que esta manhã tomou posse o novo primeiro-ministro, o economista Duarte de Barros, que promete apresentar o novo Governo até à próxima segunda-feira.
O último golpe de Estado na Guiné-Bissau ocorreu a 12 de Abril. O Presidente interino, Raimundo Pereira, e Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro e candidato presidencial, foram depostos por um grupo armado.