21 mar, 2012
A Rússia e a China, dois países que têm estado perto do regime do Presidente Bashar al-Assad, aprovaram esta quarta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma declaração sobre a Síria que da aval ao plano de paz de Kofi Annan.
Russos e Chines, que tinham vetado duas resoluções sobre a questão síria, juntaram-se hoje aos restantes membros do Conselho de Segurança da ONU. Os 15 representantes aprovaram uma proposta de paz com seis pontos. O documento apela a um cessar-fogo entre o regime de Assad e os opositores, ao diálogo político entre o Governo de Damasco e a oposição e ao acesso das agências de ajuda internacional aos locais do conflito.
As Nações Unidas ameaçam o regime sírio com novas sanções, caso não seja cumprida a proposta do representante da ONU, Kofi Annan.
A diplomacia ocidental está cada vez mais preocupada com a “deterioração da situação na Síria” e pede ao regime de Assad para depor as armar e trabalhar com as Nações Unidas na tentativa de encontrar uma solução para o conflito.
Em Nova Iorque, o embaixador russo na ONU congratulou-se com o facto das Nações Unidas “olharem finalmente com um olhar pragmático para a situação Síria”, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Moscovo disse, em Berlim, que a Rússia apoiava “plenamente” a resolução de Kofi Annan.
Hillary Clinton também já se pronunciou sobre a declaração do Conselho de Segurança da ONU. A secretária de Estado dos EUA disse que a decisão “é um passo positivo” e lançou o apelo ao regime sírio para que este “se comprometa” com a resolução. Se não o fizer, a contrapartida, para Hillary Clinton, é “o aumento da pressão” internacional e “o isolamento”.